domingo, 21 de dezembro de 2008

Viagem ao Huambo




Oi Pessoal

Desta vez fui até ao interior sul de Angola mais exactamente a cidade do Huambo a antiga e por muitos a mais bonita cidade de Angola Nova Lisboa.
Mas em primeiro gostava de vos falar do caminho Porque foi sem sombra de dúvida a viagem mais agradável que fiz até agora em Angola.
As paisagens são de tirar a respiração com um verde luxuriante nesta época do ano.



A primeira cidade importante é o Dondo, que foi asfaltada a 6 meses, junto a cidade passa o rio kuanza, segundo informação local o rio é navegável desde o mar até aqui ao Dondo e que em tempos a D. Joaquina vinha no seu barco de Luanda até ao Dondo.
Tive oportunidade de visitar algo da cidade já que estive 2 horas a espera de gasóleo.
Finalmente o camião cisterna chegou e podemos abastecer para seguir viagem.


A próxima cidade é Chicala onde chegamos por volta do meio-dia e uma povoação que se espalha por um grande planalto com as casas bastante separadas umas das outras.
Finalmente chegamos a Huambo, como se devem lembrar esta foi a cidade que durante vários anos foi o quartel-general da Unita de Savimbi, a cidade foi quase destruída pela aviação do MPLA, encontram-se ainda por todo o lado vestígios desses anos. No entanto foi feito nestes últimos anos um grande trabalho de reconstrução, por alguma razão o antigo presidente do Município de Huambo é o actual 1º Ministro de Angola.
O Huambo está a ganhar algum do seu antigo esplendor.
Dormimos no Hotel Roma e tive a surpresa de num estalar de dedos ter saído de Angola e ter entrado na china. Pois este foi reconstruído pelos chineses e tudo o que se encontra dentro do Hotel é chinês ao ponto dos controlos remotos da televisão e do ar condicionado estarem em chinês. Mas não fica por ai na casa de banho os acessórios de higiene, sabão, champô e gel são todos chineses, as cadeiras, mesas, copos, pratos, toalhas e guardanapos do restaurante são adivinhem CHINESES.
Às 06.00h da manhã do dia seguinte arranquei para Benguela pela estrada da Ganda que informaram estar em boas condições os primeiros quilómetros estão em boas condições mas ao fim de 150 Km acaba o asfalto e começam 100 Km de picada que tivemos de fazer debaixo de uma chuva bastante forte ao ponto da lama ser um elemento acondicionar o nosso avanço, principalmente nos inúmeros desvios por faltar construir as pontes. O nosso carro ficou lindo.
Toda esta estrada desenvolve-se acompanhando o caminho de ferro de Benguela que também está a ser recuperado.

No meio deste Lamaçal encontramos a Cidade de Ganda com as suas ruas asfaltadas e os incontornáveis polícias que para nosso espanto foram extremamente amáveis e nunca falaram em gasosa.

Quando terminou a lama entramos na estrada nova que rapidamente nos colocou na cidade das acácias rubras (Benguela para quem não sabe)


Toda esta zona por onde circulamos é fortemente agrícola com campos de milho por todo lado e finalmente com carroças não de gado muar ou cavalar mas sim puxados por parelhas de vacas pequenas e magras. Não perguntem a razão porque também não percebi já que mesmo ao lado por vezes estavam animais bem alimentados e gordos. Outra das surpresas foi ver as mesmas vacas a lavrar terrenos. Havendo grandes extensões de terreno cultivado.

Conforme nos chegávamos a Benguela a paisagem mudava radicalmente passando a ser muito mais árida e com aspecto de savana semi desértica.
E assim foi esta viagem pelo interior de Angola.
Xau
Portem-se Mal

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