Fui instado a apresentar um relatório detalhado sobre a minha viagem a Cabinda. Disse ao Comité “Camaradas, é muito cedo, estive pouco tempo lá, ainda por cima preocupado em fazer boa figura!”. O Comité perguntou por fotos e eu respondi “tirei algumas a um gerador e depósito de água”. O Comité não ficou muito satsfeito, mas agora não há nada a fazer – ficam apenas as minhas impressões gerais.
Enquanto escrevo isto falta mais uma vez a energia em Luanda... coisa comum, mas que me serve para relembrar como estas duas regiões são tão diferentes, estando no mesmo país. Cabinda não tem stress, deixam-no nas plataformas offshore. Tem uma vegetação intensa, uma humidade que faz com que deva brotar uma semente entre os dedos dos pés se não formos uns rapazitos com bons hábitos de higiene. Tenho que lá voltar, mas sem a “guarda presidencial” que costuma acompanhar a deslocação de um sr. Engenheiro. Podia contar-vos alguns pormenores fantásticos sobre a viagem em si, mas acho que não faz entido, porque aqui é África e tudo passa a fazer sentido, mesmo o absurdo. Só vos contaria se cá estivessem.
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Há 2 horas
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